Agosto de 1946, cidade de Camden, Arkansas.
É o segundo avivamento conduzido pelo evangelista americano William
Branham, mas, devido à sua importância para o cristianismo, foi
considerado como o "Divisor de Águas". O avivamento de Camden destrui o paradigma mental evangélico de que Deus não atuava mais milagrosamente entre seus filhos.
Camden, uma cidade com apenas 15.000 habitantes seria o começo
verdadeiro do ministério evangelístico que resgataria a fé apostólica em
cura divina e os dons espirituais. O primeiro avivamento de William
Branham aconteceu em St. Louis, Missouri. As novas das curas e milagres
acontecidas em St. Louis espalhara-se como "fogo na palha"
pelos estados do Sul e meio-oeste americanos, surpreendendo a todos que
ouviam a história de como um anjo comissionara um pregador a levar um
dom de cura divina a todo o mundo.
A campanha de Camdem, organizada pelo Rev. Adams, iniciou-se com uma
carga excepcional de ceticismo entre os presentes. As novas de que
aleijados, cegos, surdos e outras enfermidades foram curadas em St.
Louis, Missouri, pela oração , em nome de Jesus, do até então
desconhecido William Branham, trouxe uma audiência totalmente movida
pela curiosidade, esperando ver com seus próprios olhos o que se ouvia
de boca em boca. Durante seu sermão, o Rev. Branham tentou convencê-los
de que Deus enviara seu anjo e que ele estava ali, presente. Em dado
momento, a atmosfera de incredulidade e ceticismo mudou repentinamente.
Parecia que uma presença sobrenatural se fazia sentir pois as pessoas
começaram a olhar ao redor, incomodados por um sentimento indefínivel,
que não conseguiam compreender. O Rev. William Branham também sentiu. Do
púlpito onde estava ele viu um redemoinho, um círculo de fogo entrando
pelas portas do fundo do ginásio. "Eu não preciso mais falar sobre o anjo, pois ali vem ele",
disse o reverendo. O fogo sobrenatural adentrou o ginásio, movendo-se
pelo corredor. Ao verem aquela forma inacreditável movendo-se acima de
suas cabeças, a multidão alvoraçou-se. Mulheres e crianças desmaiaram.
Outros recuaram assustados. A presença sobrenatural abalou a multidão
presente. A incredulidade dissolveu-se como "fumaça ao vento".
O ginásio, lotado, viu aquele fogo sobrenatural. Não foi uma, duas,
três pessoas, mas umas três ou quatro mil pessoas (quantidade incerta). A
presença sobrenatural do anjo de Deus se fêz visível, dissolvendo o
ceticismo.
Quando a luz adentrou o ginásio, um ministro Batista, assentado em uma
cadeira de rodas, estava posicionado no corredor, na frente. Quando a
luz passou sobre sua cabeça, ele rapidamente se livrou de sua cadeira,
louvando a Deus em alta voz, entusiásticamente. A multidão, em estado de
choque, ao ver um aleijado lançar fora sua cadeira de rodas, foi
elevada a um estado de fé indescritível, já pujante devido à
manifestação sobrenatural. Eles estavam ali para verem com seus próprios
olhos as curas e milagres. Mas, o que eles viram foi muito mais do que
isto. A manifestação sobrenatural diante de milhares de pessoas era,
para eles, uma prova incontestável do poder de Deus. A luz sobrenatural
avançou até o púlpito, até´pairar sobre a cabeça do Rev. Branham. O
reverendo Adams estava do outro lado do púlpito. Neste instante, um
repórter presente levantou-se rapidamente e tirou uma fotografia ( Link
da foto:www.seekgod.ca/images/brlight.jpg)
da luz sobrenatural. Diante deste quadro inacreditável, inusitado da
presença de Deus, a fé das pessoas atingiu um patamar, uma intensidade
indescritível. Curas e milagres aconteceram às centenas.
Esta foto foi tirada em Camden, em 1946
O reverendo orou pelos enfermos até depois da meia-noite, encerrando o
culto quando seu braço ficou totalmente dormente. Já de manhâ, enquanto
orava em seu quarto, ouve-se uma discussão próximo à sua porta. Era o
repórter que estava na reunião da noite. Um funcionário do hotel
barrara-lhe, quando tentara abrir a porta do quarto do reverendo,
situação resolvida quando William Branham interviu, convidando-o para
entrar. Este estende-lhe uma foto, em preto e branco, tirada na reunião
anterior. Nela, William Branham estava de pé, na plataforma, enquanto
sobre ele pulsava a luz sobrenatural. "Irmão Branham" , diz o repórter: "Eu
admito que no inicío eu era céptico. Pensei que a história do anjo e
cura era psicologia. Mas aqui está nesta foto. Há quatro luzes espaçadas
e uniformemente posicionadas abaixo da galeria. Eram as únicas luzes
atrás de você. Isto significa que esta luz pulsando ao redor de sua
cabeça é algo sobrenatural." "Eu pertenço à igreja Batista, mas eu quero
o Espírito Santo da forma que você o tem." Antes que o reverendo pudesse abrir a boca, alguém bate à porta. Era a gerente do hotel. William Branham mostra-lhe a foto. "Esta é a razão pelo qual estou aqui", diz ela. "...eu estava ali a noite passada e vi esta luz também." "...irmão Branham, eu - eu quero ser nascida de novo".
Os três, humildemente ajoelham-se e ambos, a gerente e o repórter,
rendem-se completamente à Deus. Um pouco mais tarde, um garoto vem
entregar ao reverendo um telegrama de um desconhecido Rev. G.Brown,
pedindo a Branham para ter reuniões em Litlle Rock, Arkansas. O garoto
se dirige ao reverendo, comovido: "Meu
papai tinha algo errado em suas costas por anos. Na noite passada ele
foi curado e hoje ele está diferente. É como ter um novo papai. Eu quero
conhecer Jesus também." "Abençoado seja seu coração, filho", diz o reverendo: "Entre e feche a porta. Você pode encontrar Jesus bem aqui. Não é difícil".
Colocando seu chapéu no chão e ajoelhando-se tal qual o repórter e a
gerente do hotel momentos atrás, o garoto entrega seu coração a Cristo.
A jornada de fé e milagres, no avivamento de Camden continuou ao longo
da semana. Cada vez mais a multidão crescia, movidos pela inacreditável
história de que Deus estava manifestando-se de maneira estraordinária na
cidade, de maneira sobrenatural, visível e palpável aos olhos humanos.
Os cultos de cura prolongaram-se até depois da meia-noite, com o
reverendo Branham orando por uma interminável fila de pessoas. E assim
foi até o último dia de avivamento. Ao término da campanha, na mesma
cidade, estava agendado para o Rev. Branham pregar em uma congregação
local, no domingo de manhâ. Após o culto, escoltado por quatro
policiais, o reverendo se dirige ao carro do Rev. Adams. A multidão se
espremia para ver o Reverendo, enquanto este passava. Os policiais
continham a custo a multidão afastada. Enquanto se dirigia ao carro,
entre a massa de pessoas, o Rev. Branham ouve alguém gritar: "Tenha misericórdia! Tenha misericórdia!"
Procurando ao redor, ele vê um ancião de cor, junto a uma mulher,
distante da multidão de cor branca, em um outeiro. William Branham pára,
um sentimento indefínivel, de alguma maneira ao Sr. de cor, de pé no
outeiro próximo. O reverendo caminha em sua direção. Um dos policiais
que o escoltava pergunta-lhe: "Aonde você vai, reverendo?" " O Espírito Santo quer que eu vá onde está o homem de cor," responde-lhe. "Não faça isto", adverte o policial. "Com
todas estas pessoas brancas ao teu redor, você vai causar uma revolta.
Isto é o Sul". "Eu não me importo quais são suas leis . O Espírito Santo
está me dizendo para ir falar com aquele homem" . William Branham, juntamente com os policiais, dirigem-se ao outeiro onde estava a mulher e o homem de cor.
"Querido, aí vem o pastor", avisa
ela ao seu acompanhante, alto o suficiente para o reverendo ouvir. Os
poilicais formam um anel protetor ao redor de William Branham para
manter a multidão afastada, enquanto este pergunta ao ancião: "Posso te ajudar, tio?" O homem levanta a cabeça na direção errada da do reverendo, demonstrando que era cego. O ancião gagueja: "É - é você, pastor Branham?" "Sim, tio." O ancião passa as mãos por sua face. "Oh, você é um jovem", surpreende-se ele. "Não muito", diz o reverendo.
"Eu tenho estado enclausurado em um pensão para cegos por dez anos." Diz o ancião.
" Eu moro a 320 quilômetros daqui. Eu
nunca ouvi falar de você em minha vida até esta manhâ. Por volta das
três horas da manhâ eu acordei em meu quarto - é claro, eu não posso ver
nada - e olhei, e bem distante de mim estava minha velha mâe. Ela já
morreu há muitos anos; mas quando estava viva, ela tinha uma religião
como a que você tem. Minha mamâe nunca mentiu em sua vida. Esta manhâ
ela estava ali e disse: ´Filho querido, levante-se, coloque suas roupas e
vá até Camdem, Arkansas. Pergunte por alguém chamado Pastor Branham e
você terá sua visão´. Então aqui estou eu. Você pode me ajudar?" O
reverendo comove-se, ao ouvir o ancião. Colocando sua mão sobre os
olhos do homem, ele ora: "Pai celestial, eu não entendo sua mâe vir até
ele em um sonho, porém eu te peço no nome de Jesus... o reverendo ouve o
homem dizer calmamente: "Obrigado, Senhor, obrigado". Sua esposa pergunta-lhe, espantada:
"Querido, você vê?". "Certamente que eu vejo. Eu te disse que se eu viesse aqui eu veria. Olhe ali", apontou o carro usado por William Branham.
"Vê aquele carro ali? Ele é vermelho". "Oh Jesus !"
Grita sua esposa, abraçando-o entusiasmada. A multidão se agita. Os
policiais escoltam o Rev. Batista William Branham em segurança ao seu
carro.
Fonte: Livro Sobrenatural: a vida de William Branham
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