Você se pergunta porque os povos do mundo estâo em guerra em busca de seus direitos. Povos, raças, grupos de todos os matizes, todos estâo lutando com unhas e dentes por seus direitos.

Em 1964 um ministro norte americano, William Branham, chegou a uma conclusâo, na qual esta midia concorda: as cartas em apocalipse (2-3) às Igrejas da Ásia eram proféticas e se referiam a períodos de tempo pelo qual a igreja passaria e segundo o ministro, a ultima carta, a de Laodicéia, representaria esta era moderna na qual vivemos.

Quando vocês veem o povo nas ruas, manifestando-se, lembre-se - estamos vivendo a ultima era da igreja: Era de Laodiceia, que significa a Era dos Direitos dos Povos

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Alfred Kinsey: Pai da pedofilia moderna II

UMA ODISSÉIA PESSOAL ATÉ A VERDADE - PARTE II

Kinsey em uma das várias sessões de filmes de conteúdo sexual com audiência de mulheres e crianças. A reação do público ao conteúdo viria a servir como guia para a avalance de produção pornográfica posterior (Foto: Kinsey, Crimes & Consequences)

Em 1977, eu estava no País de Gales para apresentar um artigo de pesquisa sobre mulheres e pornografia na Conferência Internacional da Associação Psicológica Britânica sobre “Amor e Atração”, realizada na Universidade de Swansea.

Quando cheguei a Londres fiquei sabendo que Tom O’Carroll, o líder da “Troca de Informações Pedófilas” (PIE- Pedophile Information Exchange), estava cobrindo a Inglaterra num tour de relações públicas, promovendo o sexo com crianças em seu caminho até a conferência de Swansea. Toda a Inglaterra estava em alvoroço por causa das reportagens diárias da imprensa descrevendo os objetivos da PIE e de O’Carrol.

Foi relatado que a PIE especializava-se em fornecer listas de lugares onde pedófilos pudessem localizar e seduzir crianças. Os funcionários responsáveis pela cozinha e limpeza da Universidade de Swansea entraram em greve quando souberam que O’Carroll falaria da tribuna da universidade onde trabalhavam. As camas não seriam feitas, não se preparariam refeições e nem roupas seriam lavadas se a conferência desse espaço a um homem que promovia sexo com crianças.

Eu trazia comigo oitenta slides para a minha apresentação, como provas que corroboravam minhas descobertas sobre pornografia infantil na Playboy e Penthouse. Eu já tinha entrado em conflito com um professor americano, Larry Constantine, um membro do conselho da Penthouse que advogava a pornografia infantil em seu artigo “Os Direitos Sexuais das Crianças”.

Assim, quando Constantine emitiu um boletim aflito, convocando uma reunião de oradores, eu me apressei para me juntar ao grupo. Todos os participantes internacionais foram solicitados a assinar uma petição exigindo que O’Carroll falasse e que nossas camas fossem feitas. Eu insisti para que o grupo reconsiderasse. Nós estaríamos de partida em poucos dias, argumentei. Tínhamos o direito de deixar para trás uma comunidade desfeita por nossa vontade de dar lugar a um prosélito do molestamento infantil? Eu fui a única a não assinar a petição. Finalmente, o presidente da Universidade de Swansea considerou que O’Carroll não tinha credenciais para falar e o serviço de cozinha e limpeza voltou a funcionar.

Eu me perguntava: “Como?”, “por quê?” os funcionários de serviços domésticos puderam combativamente proteger os seus filhos, enquanto acadêmicos treinados permaneceram apáticos, até mesmo simpáticos a esse pedófilo, O’Carroll. Meus antigos desapontamentos com a comunidade universitária continuaram, na medida em que notei que esses homens e mulheres credenciados comportavam-se com tamanha indiferença para com a população local, desdenhando daquilo que eu considerava serem preocupações bastante legítimas quanto à proteção de seus próprios filhos.

Com O’Carroll já fora do País de Gales, eu estava saindo para pegar o trem com destino a Londres, quando um psicólogo canadense discretamente me chamou de lado. Ele disse que, evidentemente, eu estava certa. Aquelas imagens de crianças na Playboy/Penthouse causariam ações sexuais nas crianças. Mas se eu estava procurando a causa para a epidemia global de abusos sexuais contra crianças, ele me disse para não deixar de ler a respeito de Alfred Kinsey no The Sex Researchers [Os Pesquisadores do Sexo], de autoria de Edward Brecher. “Por quê?”, perguntei. “Eu trabalhei com Kinsey e Pomeroy”, disse ele. “Um era pedófilo e o outro, um homossexual”. “Quem era o quê?", perguntei. “Leia e descubra”, replicou o canadense.

Enquanto eu voava de volta para os Estados Unidos, ponderei os eventos das últimas semanas. Evidentemente, eu agora sabia, pois havia testemunhado os fatos, que havia um “movimento pedófilo acadêmico internacional”, crescente e diligente em fazer prosélitos, conhecido publicamente como desejoso em obter acesso a crianças para fins sexuais. Eu tropecei bem no meio deles durante a conferência. Novamente, eu me perguntava que tipo de treinamento acadêmico estava produzindo a intelligentsia vulgarizada e predatória que eu tinha conhecido em Swansea.

Seguindo a sugestão do psicólogo canadense, assim que cheguei aos Estados Unidos li o livro de Edward Brecher, The Sex Researchers. Na época, eu não estava certa sobre o quê me deixou mais estonteada, se o uso que Kinsey fez de crianças em experimentos sexuais, ou o fato de que Brecher aceitava o seu uso como metodologia de pesquisa. Atônita, eu me voltei ao livro original de Kinsey para checar Brecher. Sim, ele estava citando Kinsey com acurácia. Agora eu finalmente sabia que havia uma autoridade fonte para que as crianças fossem crescentemente vistas sexualmente; para mim, pessoalmente, a pergunta de anos atrás estava respondida. Minha tia e minha amiga Carole tinham tirado a idéia de que “crianças são sexuais desde o nascimento” de Alfred Kinsey.

Em 1981, eu estava em meu escritório sobre o topo de uma montanha, na Universidade de Haifa, em Israel, olhando fixamente paras tabelas de números que me olhavam de volta a partir do mundialmente famoso livro de Kinsey, O Comportamento Sexual do Macho Humano.



'Exemplos de orgasmos múltiplos em pré-adolescentes masculinos', a Tabela 34 da obra de Kinsey.

Tal como eu já tinha feito muitas vezes antes, estava estudando a página 180, Tabela 34, esforçando-me para ver se eu tinha deixado de notar alguma coisa, se havia algo que entendi errado anteriormente. Tinha checado todas as citações e referências de Kinsey na biblioteca, mas em nenhum lugar havia qualquer menção a dados sobre abusos de crianças.

Eu busquei todos os livros sobre Kinsey, li biografias, as centenas de artigos positivos a seu respeito e ao seu trabalho, e as poucas críticas rigorosas, mas em nenhum lugar havia qualquer crítica a essas tabelas e gráficos. Eu estava começando a aceitar o fato de que milhares de cientistas internacionais que estudaram Kinsey nunca viram o que estava bem diante de seus olhos.

Em março de 1981 recebi uma resposta à carta que enviei ao co-autor do livro de Kinsey, Dr. Paul Gebhard. Eu havia escrito perguntando-lhe a respeito dos dados sobre crianças nas Tabelas 30 a 34. Gebhard, que sucedeu Kinsey como diretor do Instituto Kinsey, escreveu-me dizendo que os dados sobre crianças nas tabelas de Kinsey foram obtidos de pais, professores e de homossexuais que gostavam de garotinhos, e que alguns dos homens usaram “técnicas manuais e orais” para catalogar quantos “orgasmos” criancinhas e crianças mais velhas poderiam produzir num determinado período de tempo.

Armada com a carta e as admissões de Gebhard, em 23 de junho de 1981, criei um alvoroço em Jerusalém, por ocasião do V Congresso Mundial de Sexologia, onde proferi uma palestra sobre o Dr. Kinsey e os dados sobre crianças. Eu estava confiante de que meus colegas sexólogos ficariam tão ultrajados quanto eu diante dessas tabelas e dados que descreviam a dependência de Kinsey em pedófilos como seus experimentadores sexuais infantis. Talvez o pior de tudo para mim, como estudiosa e mãe, estava nas páginas 160 e 161, onde Kinsey afirmava que os dados vinham de “entrevistas”. Como é que ele pôde dizer que 196 crianças pequenas – algumas com apenas 2 meses de idade – desfrutaram de “desmaios”, “gritos”, “choro” e “convulsão” e ainda dizer que essas reações das crianças eram provas de seu prazer sexual e “clímax”? Eu disse que eram provas de terror, dor, bem como de crimes. Um de nós dois estava muito, muito confuso.

Eu estava certa de que a altamente educada comunidade científica internacional dedicada à sexualidade, reagiria tal como eu reagi. Certamente, esta revelação sobre Kinsey, sua equipe, e todos esses dados sobre criancinhas de colo e crianças iriam eletrizar uma conferência global de Ph.D.s, e muitos iriam concordar com o meu pedido de uma investigação sobre Kinsey. A nata mundial de cérebros dedicados à sexualidade humana estava presente para a conferência de Jerusalém: lá estavam doutores da Grã-Bretanha, Estados Unidos, França, Dinamarca, Israel, Noruega, Canadá, Escócia, Holanda, Suécia e de dezenas de outros países. Todos os presentes à conferência conheciam o meu artigo. Ele tinha sido o assunto do evento, recebendo mais atenção do que o discurso de Xaviera Hollander “The Happy Hooker – A Prostituta Feliz” sobre o tema geral “Desligado do Sexo”. As pessoas estavam excitadas sobre a questão das crianças de Kinsey durante toda a conferência.

Meu título, “O Cientista como Agente Contribuinte para o Abuso Sexual Infantil; Uma Consideração Preliminar de Possíveis Violações Éticas”, tinha sido publicado nos sumários da conferência. O resultado não foi menos do que eu esperava: uma sessão única numa sala lotada, com pessoas de pé. Eu estava gratificada pelo fato de que tantas pessoas estavam tão preocupadas quanto eu. Depois de apresentar meus slides das Tabelas 30 a 34 de Kinsey, as quais descreviam o relatório de Kinsey quanto a taxas e velocidades de “orgasmos” de pelo menos 317 crianças (lembrando, novamente, que a mais nova tinha apenas 2 meses de idade) e apresentando a carta de confirmação de Gebhard, encerrei minha argumentação e voltei meu olhar para o público. A sala estava em silêncio total. Finalmente, um tipo nórdico, alto e loiro, que tinha estado de pé próximo à tribuna, não se conteve e praticamente gritou para o público:

“Eu sou um repórter sueco e nunca falei numa conferência. Esse não é o meu papel. Mas, qual é o problema com todos vocês? Esta mulher acabou de jogar uma bomba atômica nesta mesma sala e vocês não têm nada a perguntar? Nada a dizer?”.
Isso quebrou o gelo e muitas mãos se levantaram pedindo para falar. Os comentários daqueles no público eram limitados pelo moderador da conferência, mas uma investigação teria lugar. A reação na sala foi pesada; foi atordoante para alguns, desconfortável para outros. Mais tarde, a diretora de educação sexual da Suécia aproximou-se para me dizer que estava chocada com o fato de que crianças tinham sido usadas sem consentimento. Porém, ela se apressou em me assegurar que crianças poderiam ser sexualmente estimuladas por adultos, até mesmo pelos pais, se isso fosse estritamente para fins terapêuticos, é claro. No final daquela tarde, minha jovem assistente da Universidade de Haifa voltou do almoço visivelmente abalada. Ela tinha dividido uma mesa privativa com os executivos internacionais da conferência.

Meu artigo foi contestado acaloradamente e em grande medida, condenado, uma vez que todos àquela mesa concordavam completa e sinceramente que crianças de fato poderiam ter sexo “amoroso” com adultos. Eu percebi claramente que todo o campo da pesquisa sexual dependia do modelo de sexualidade humana de Kinsey como referência máxima, e eu estava ali para dizer a seus discípulos que Kinsey era uma fraude. Se por um lado eu estava decepcionada por essa reação, com tantas agências internacionais presentes e com interesses econômicos inconfessáveis, além de motivações emocionais na manutenção da credibilidade de Kinsey, eu compreendi por que a conferência não escolheu investigar Kinsey.

Meses mais tarde, minha filha morreu vítima de um aneurisma cerebral. Sem nunca saber se o estupro que tinha sofrido na infância contribuiu para a sua morte, eu dedicaria décadas da minha vida para proteger outras crianças da crescente multidão de discípulos de Kinsey-Hefner[1]. Em 1982, logo após a confrontação em Jerusalém em torno da Tabela 34 de Kinsey, fui convidada pelo Departamento de Justiça – Justiça Juvenil e Prevenção de Delinquência, a retornar aos Estados Unidos. Fui nomeada Professora-Pesquisadora Plena na American University, para atuar como investigadora-chefe num projeto com uma dotação de oitocentos mil dólares para investigar o papel de Kinsey no abuso sexual de crianças e o elo para a aparição de crianças na pornografia em voga, i.e., Playboy, Penthouse e Hustler.

A indústria do sexo comercial agora tinha juntado forças com o Instituto Kinsey e a sexologia acadêmica para evitar que qualquer luz fosse lançada sobre o seu mundo. Com o tempo, eu obteria cópias de cartas secretas e pacotes, clandestinamente enviados mundo afora pelo Instituto Kinsey e por pornógrafos para desacreditar minha investigação sobre Kinsey e aquela sobre as crianças que apareciam em suas revistas. Secretamente, o Instituto Kinsey ameaçou processar a American University se eu fosse autorizada a continuar meu estudo.

Deste modo, escondendo a razão que os fazia serem tão deliberadamente obstrucionistas, a American University exigiu que eu não estudasse qualquer coisa relacionada a Kinsey. Obviamente, esta era uma violação total da liberdade acadêmica, assim como do direito do público à informação, na verdade, uma violação daquilo que o contribuinte estava pagando para saber. O tempo todo, o Instituto Kinsey manteve um esforço obstinado e furtivo, em grande medida para manter a mim e minhas descobertas longe da imprensa e dos meios de teledifusão, de todas as conferências e publicações profissionais relevantes, de editores de livros e assim por diante.

Em 1990, quando algumas de minhas descobertas sobre abuso de crianças foram impressas num livro de pequena circulação, um popular apresentador de talk-show e um devoto de Kinsey, Phil Donahue, transmitiu pela televisão a importância geral de Kinsey para o mundo. Um garoto da platéia perguntou por que Kinsey deveria ter alguma importância para ele. O Sr. Donahue instruiu o jovem, jovem demais para se lembrar:

“Kinsey foi para a sexualidade o que Freud foi para psiquiatria, o que Madame Curie foi para a radiação, o que Einstein foi para a física. E agora aparece essa mulher [Reisman] dizendo, ‘E não é igual a mc²’. Nós baseamos a educação de toda uma geração de sexologistas em Kinsey, e Kinsey era um velhote obsceno”.

Embora naquele dia Donahue tenha contra argumentado em favor de Kinsey, retratando-o como um bom homem de família, eu sugiro que é hora de deixar as pessoas decidirem por si mesmas quem e o quê Kinsey foi. A despeito do que foi dito pelo Sr. Donahue, isto é certo: o mundo tem o direito de saber o que foi escondido até agora; de fato, um direito e uma responsabilidade de saber o que aconteceu às crianças da Tabela 34.

É hora de identificar que efeito Alfred Kinsey, o pai da revolução sexual e da educação sexual, teve sobre as vidas de inumeráveis indivíduos. Desde 1948, dados de relatórios de saúde pública confirmam uma enorme transformação na maneira que os americanos e o resto do mundo ocidental vê a sexualidade humana. Os resultados são dificilmente tranquilizadores. Uma vez que a mudança ocorreu ao longo dos últimos 50 anos, é certo que, com base em provas estatísticas, nossa direção merece revisão. Usando as palavras do Sr. Donahue, a cultura ocidental “baseou a educação de toda uma geração de sexologistas em Kinsey e Kinsey era um velhote obsceno”.

O que isso significa para todos nós? Este livro, eu espero, será uma resposta. No momento em que o Congresso americano se prepara para investigar Kinsey sob a Lei de Proteção à Criança e Ética na Educação [HR 2749] [2], e quando o Instituto Kinsey se prepara para a sua retrospectiva dos 50 anos de contribuições de Kinsey à sociedade, é minha maior esperança, como estudiosa e mãe, que a verdade finalmente seja apresentada – e que o mundo tenha a coragem de olhar para a verdade em benefício das gerações futuras.
NT[1]: Hugh Hefner, dono da Playboy

NT[2]: Em poucos anos, essa lei virou letra morta, por pressão e influência das Fundações Ford e Rockefeller. Para ler mais, clique aqui.

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